Pequenos submarinos Iranianos

Os submarinos iranianos de pequena tonelagem representam um substancial perigo para a marinha estadunidense, no Golfo Pérsico, falou ao jornal “The Christian Science Monitor” o comandante Christopher Harmer, que de 2008 a 2009 foi diretor do centro de planejamento das operações da Quinta Esquadra da Marinha de Guerra estadunidense.

O oficial explicou que os iranianos poderiam dispersar tais submarinos por todo o aquatório do Golfo Pérsico e Mar da Arábia, e seria muito difícil localizá-los. Mais ainda, eles poderiam ocultar-se, aguardando um bom momento para o ataque. Estes submarinos podem colocar, rapida e ocultamente, minas nas rotas de navios inimigos ou, por exemplo, petroleiros. Desta forma, em caso de guerra os iranianos poderão barrar rapidamente o Estreito de Ormuz.

O Irã produz estes submarinos em série. 19 deles já estão em serviço, e cada ano 4 unidades novas são lançadas ao mar.

***Fonte: Voz da Rússia

Uma das classes destes pequenos submarinos é a Ghadir.

O comandante da Marinha Iraniana, o almirante Habibollah Sayyari informou que os submarinos, completamente concebidos e produzidos por especialistas iranianos, são destinados a melhorar as capacidades navais da República Islâmica.

Ele acrescentou que todas as partes dos submarinos da classe Ghadir, incluindo o casco, equipamentos, radares e avançados sistemas de defesa foram fabricados no país.

Eles melhoraram a proteção e as capacidades da Forças Armadas Iranianas sob o mar, declarou Sayyari.

Em novembro de 2011, o vice-comandante da Marinha Iraniana, o almirante Gholam Reza Khadem-Bigham anunciou que mais 3 submarinos da classe Ghadir foram adicionados a frota naval do país.

Na ocasião, Khadem-Bigham disse que os submarinos são capazes de lançar torpedos e operar em águas costeiras.

O submarino Ghadir foi revelado pela primeira vez em 2007. O submarino tem cerca de 120 toneladas e um desempenho excelente em águas rasas e pode conduzir prologadas missões costeiras.

2 fotos e desenhos de unidade da classe Ghadir:

Características gerais da classe Ghadir:

Deslocamento: em torno de 120 toneladas

Comprimento: 29 m
Boca: cerca de 3 m
Calado: cerca de 2.5 m
Propulsão: Diesel-elétrica
Velocidade: 11 nós
Tripulação: 18
Armamento: 2 torpedos de 533mm , e capacidade de lançar minas.

19 unidades destes submarinos encontram-se no serviço ativo da marinha do Irã.

A nomenclatura da classe é feita por números e não com nomes, indo de "Ghadir 942" até "Ghadir 960".

Abs: Marcus Silva

Mas seriam estes submarinos realmente representantes de ameaça aos EUA?

Eu acredito que sim.
Veja que até para submarinos convencionais normais ( de tamanho normal....) os americanos tem dificuldade para detectar. Entendamos que para localizar objetos de até 1,5 metros de diâmetro, no caso de operação de contramedidas de minagem, onde se busca localização de minas, esse tipo de detecção é feita por navio especiais, ou mais especificamente de contramedidas de minagem. Não se usa navios de contramedidas de minagem na detecção de submarinos, pq não são operações afins.
A classe Hunt de navios de contramedidas de minagem da Royal Navy usa equipamento Seafox para localizar e destruir minas, e os americanos utilizam tecnologia parecida.

Vamos ler parte de texto publicado na internet:

"Muitas nações como a China e Russia, oponentes naturais dos EUA, operam submarinos diesel-elétricos e a China vem construindo mais submarinos deste tipo e mais modernos, nos últimos anos.
Essa cooperação do submarino brasileiro fazendo exercícios com um submarino americano, que vai tentar detectar o submarino brasileiro ( essa inferencia é padrão ao tipo da missão Deploymet Sub ) faz supor que a US Navy tem problemas ( dificuldades....) para detectar um submarino convencional em águas do oceano. E mesmo que os americanos tenham desenvolvido e instalado nos seus submarinos sistemas modernos para esse tipo de detecção, eles precisam fazer testes em manobras reais, sendo então que entra em cena o submarino brasileiro, para ajudar a melhorar e testar as capacidades e habilidades de os americanos detectarem esse tipo de ameaça."

Outra informação:

"Em maio de 2007 o Tikuna foi aos EUA para participar de um exercício DESI (Diesel Electric Submarine Initiative), o programa de treinamento da US Navy para ampliar seus conhecimentos nas táticas de guerra anti-submarino (ASW) contra submarinos."


Resumindo: os americanos tem dificuldade sim de detectar submarinos, e quanto menor a "massa de aço" que faz parte da força inimiga, maior a dificuldade de detectar.

Os americanos possuem a classe de navios Avenger, por exemplo, de contramedidas de minagem, que utiliza equipamentos para detectar e destruir minas fundeadas ou de fundo, e estes navios operam em alto-mar ou águas mais rasas.
A classe possui sonar e sistemas de vídeo, cortadores de cabos, e equipamentos de destruição de minas lançados e direcionados por controle remoto.

Foto do USS Avenger, MCM-1:



Essa classe tbm tem capacidade de fazer operações de varredura convencionais, ou seja, arrastando equipamentos mecânicos, ou acústicos ou eletromagnéticos que irão destruir minas por influencia, ou corte mecânico.

Mas estas operações de detecção de minas, objetos pequenos, não tem correlação alguma com a detecção de outras armas, a que seja, localizar um submarino inimigo.

Guerra ASW é uma coisa e de contramedidas de minagem é outra.

Abs: Marcus Silva

Outra coisa importante para se entender e não confundir, é que um navio de contramedidas de minagem é de operação diferente da de um navio-varredor.
O navio-varredor somente "remove" minas, clareando um canal varrido e deixando-o limpo para passagem de outros navios, mas estes não tem capacidade de localizar minas.
Já o navio de contramedidas é mais completo, pq localiza e destrói minas.

Na US Navy aplica-se atualmente a intenção de modernização dos sistemas de detecção e destruição de minas com as classes de Litoral Combat Ships, que tbm possuem módulos em desenvolvimento para detecção anti-submarinos, o que incluirá um sistema de capacidade de detecção de ataques por torpedos.

Os procedimentos de ASW em relação a submarinos convencionais são um aprendizado constante para os EUA, a doutrina que eles possuem não é uma ciência exata em que eles possam ficar tranquilos diante de uma ameaça, e esses submarinos iranianos representam uma coisa de dar nos nervos.

Os americanos já estão mobilizando equipamentos SeaFox para detecção e remoção de minas na eventualidade de uma declaração de guerra, e tudo por causa desses pequenos submarinos.
Esses submarinos iranianos representam equipamento real, é uma real capacidade que os iranianos tem.
Mesmo que os submarinos iranianos não sejam equipamento com tecnologia de ponta, bastam torpedos "toscos", por exemplo, para afundar qq outra embarcação no "estado da arte". E tbm levemos em consideração a capacidade de lançar minas.
Os americanos já levaram uma surra em outras guerras, vide o Vietnan, por causa de confrontos em "terrenos" diversos, mas eu acho tbm uma falta de "senso de perigo" querer enfrentar a nação que possui as Forças Armadas mais poderosas sobre a face da Terra.
Faz isso quem acha que pode, e é o que o Irã está fazendo.

Lembro tbm que na Guerra das Malvinas os argentinos conseguiram afundar um navio inglês com um míssil que falhou..........(???????)
E a presença de 1 submarino convencional argentino ( ARA San Luis ) no teatro de operações das Malvinas causou tremendo rebuliço na força naval inglesa, que era muito superior em quantidade e qualidade............. imagine se tivesse sido mais de 1!!!!!!



Abs: Marcus Silva

Iranian mosquitoes to bite US Navy hard


US Vice Adm. Mark Fox, the commander of the 5th Fleet, fears that Iran may use mini submarines in case of the conflict in the Persian Gulf. "They have increased the number of submarines ... they increased the number of fast attack craft," Vice Admiral Mark Fox told reporters. "Some of the small boats have been outfitted with a large warhead that could be used as a suicide explosive device. The Iranians have a large mine inventory," he added. Fox believes that the Islamic Republic constantly increases its naval presence in the region. Moreover, Fox added, Iran can block the Strait of Hormuz - the water artery used to transport nearly 40 percent of world's crude.

According to US intelligence, the Iranian Navy has ten "suicide boats." Fox added that US troops would be able to prevent the attempts to block the strategically important strait. However, he says that the US should not ignore the Iranian threats. According to him, Iran's use of mini submarines can cause very serious problems in the region, which will be very hard to cope with for the US.

The Islamic Republic has been developing its "mosquito fleet" during the recent years. Iran builds missile and torpedo boats, as well as the fleet of mini subs.

Sergei Balmasov

Pravda.Ru

*** Fonte: http://english.pravda.ru/world...09-mosquito_fleet-0/

O USS Porter,DDG-78, destroyer da classe americana Arleigh Burke, considerado uma das armas mais letais da atualidade.




É dotado com um sistema de combate Aegis, que é um sistema de integração de armas navais, desenvolvido nos EUA, considerado o sistema mais avançado existente na atualidade, e é equipado com os seguintes sensores:

AN/SPY-1D 3D Radar

AN/SPS-67(V)2 Surface Search Radar

AN/SPS-73(V)12 Surface Search Radar

AN/SQS-53C Sonar Array

AN/SQR-19 Tactical Towed Array Sonar

AN/SQQ-28 LAMPS III Shipboard System

o que representa uma suíte de detecção extraordinária, a "ponta de lança" da detecção norteamericana, o estágio atual mais avançado de eletrônica existente em um navio de guerra.

Agora vejam foto do USS Porter em 12 de Agosto de 2012:





O que será que o atingiu desta forma? Mas os EUA não estão em guerra com nenhum país.........

O destroyer americano simplesmente não "viu" o petroleiro panamenho M/V Otowasan, próximo ao Estreito de Ormuz, do que ocorreu uma colisão entre os navios, um fato lastimável. O acidente aconteceu a 1 hora da manhã local, mas sem deixar feridos em nenhuma das embarcações.
O Comandante do USS "Porter" foi imediatamente destituído de suas funções.......

Pergunta : é mais fácil para esta classe de navios americanos detectar a presença de um mini submarino de 29 metros de comprimento ( mergulhado ), ou um petroleiro de mais de 100 metros de comprimento navegando na superfície?

***ATENÇÃO: o objetivo deste post é reiterar e enfatizar a dificuldade que os americanos possam ter em detectar a presença de minisubmarinos iranianos, em caso de um conflito.

Em julho de 2007 a marinha do Irã incorporou 4 minisubmarinos da classe Yugo. Originalmente construídos na Coréia do Norte, os submarinos pertencem a uma família de unidades que são distintas entre sí.



O deslocamento das unidades varia de 90 toneladas até 110.
Outras características:
20 metros de comprimento, boca aproximada de 2 metros e calado de cerca de 1,6 metros, com tripulação de 2 homens mais 6 nadadores e armamento compreendido por 2 torpedos de 533 mm, sendo a propulsão diesel-elétrica.

Aqui um desenho geral da classe:

Construído no Irã, a marinha deste pais incorporou em março de 2006 uma unidade do mini submarino da classe Nahang.
Algumas informações desta unidade são obscuras.



Diz-se do comprimento ser menor que o Ghadir de 29 metros por comparações de fotos de satélite, deslocamento de 350 a 400 toneladas, propulsão diesel-elétrica, possui 2 tubos para lançamento de torpedos e mísseis.

Esse mini submarino possui 1 radar de superfície, e mastros de comunicações, que o faz capaz de infiltrar-se em baías, e também tem razoáveis qualidades para efetuar operações clandestinas de minagem. É dito ter capacidades "stealth" contra detecção de sonares.
Fontes oficiais iranianas reportam que o Nahang é provido de equipamentos eletrônicos em estado-de-arte podendo ser armado com torpedos e mísseis simultaneamente.

EUA: emprego de UUV pela primeira vez com a 5ª Frota


Na foto adiante aparecem funcionários civis trabalhando para a Marinha dos EUA manuseando um UUV (unmanned underwater vehicle) M18 Mod 2 Kingfish no convés de um bote inflável de casco rígido com 11 metros de comprimento.



O Kingfish possui um sonar de varredura lateral (side scan sonar) para a busca de objetos mergulhados.

Esta é a primeira vez que um equipamento deste tipo é empregado na guerra de minas na área de responsabilidade da quinta frota.

FONTE: US Navy

Por volta de 2010 a Royal Navy incorporava um UUV para operações de contra-minagem





***Foto:
http://meta.kz/novosti/militar...ye-bespilotniki.html

O Ministério da Defesa britânico informou que a Royal Navy oficialmente introduziu em serviço o sistema de contramedidas de minagem “Recce”, baseado no UUV (“unmanned underwater vehicle”) REMUS 600, produzido pela empresa americana Hydroid.

O UUV “Recce” tem o formato de um torpedo, pode operar de profundidades de 30 a 200m e pode ser usado em operações de reconhecimento, pesquisas hidrográficas e monitoramento ambiental.
O UUV é completamente autônomo e pode fazer buscas no leito marinho à procura de minas por mais de 20h, usando um avançado sistema de navegação, bem como sensores acústicos e batimétricos para detectar e indicar a posição exata das possíveis ameaças. Os dados colhidos, incluindo imagens de alta resolução, são transmitidas para operadores no navio lançador, reduzindo o risco do emprego de mergulhadores, que tradicionalmente executavam essas operações.
Projetado e desenvolvido pela Hydroid com apoio do US Office of Naval Research, o “Recce” é equipado com um sonar sidescan Edgetech 2200S (850kHz), um sonar imageador multi-feixe Imagenex Delta-T (1.7Mhz), um sonar Edgetech 2200S (4-24kHz) de perfil de fundo, uma unidade de navegação inercial Kearfott, um sistema acústico Teledyne RDI de velocidade doppler, um sensor Niel Brown de condutividade e temperatura, um sensor de claridade da água Wetlabs FLNTU, um GPS e sistemas de comunicação WiFi e de rádio-frequência.

***Fonte:

http://www.defpro.com/daily/details/515/