Encouraçado de Concreto: Fort Drum

Conhecido como “Encouraçado de Concreto”, essa curiosa fortificação tem o nome oficial de “Fort Drum”, em homenagem ao general Richard C. Drum. No local, a ilha El Fraile, na baía de Manila, já existia uma fortificação espanhola, antes de 1898. Depois da tomada das Filipinas pelos EUA, na curta guerra Hispano-Americana, em 1898, foram feitos planos para o estabelecimento de uma rede de fortificações, entre Bataan e Corrigidor. O forte a ser instalado na ilha El Fraile, poderosamente artilhado, deveria garantir o acesso sul da baía de Manilha. Entre 1909 e 1919, a ilha foi aplainada até pouco acima do nível do mar e coberta com uma espécie de cúpula de concreto, cujo formato lembrava um navio, com pouco menos de 110 metros de comprimento e 43 metros em seu ponto mais largo. O que seria a coberta principal ficava 12 metros acima da superfície do mar, e chegava a ter a espessura de 6 metros, em concreto e ferro. Instaladas sobre essa “coberta” estavam duas torres blindadas, cada uma delas montando dois canhões de 14 polegadas (350 mm), que constituíam a bateria principal. As baterias secundárias, instaladas nas muralhas laterais norte e sul (“bombordo” e “boreste”), montavam quatro canhões de 6 polegadas (150 mm), em casamatas de aço. No que seria a “popa” do “navio”, os projetistas colocaram uma espécie de superestrutura e um “mastro”, onde estavam instaladas cabines de observação e levantamento de dados para controle de fogo. O apelido de “Encouraçado de Concreto” veio do fato de que, à distância, até mesmo marinheiros experientes costumavam confundir a instalação com um navio de guerra real.




Em entre dezembro e abril de 1942, quando do ataque japonês contra as Filipinas, Fort Drum, cujos canhões eram usados para apoiar as tropas que lutavam em Bataan, foi alvo de cerca de um milhão de disparos, feitos por artilharia naval japonesa e bombas lançadas por aviões, sem que sua proteção fosse rompida. De fato, segundo o testemunho de membros da guarnição de quase 500 homens, aprisionados pelos japoneses em 6 de maio de 1942, a falta de fontes de água doce foi o que condenou a fortaleza. Em abril de 1945, elementos da 38a Divisão de Infantaria do Exército dos EUA empreenderam, juntamente com unidades da Marinha, uma campanha para anular Fort Drum, no qual se entrincheirava uma guarnição japonesa. Diversas ações se iniciaram no dia 11 e, pouco menos de uma semana depois, os norte-americanos voltavam a subir à bordo do “Encouraçado de Concreto”.



A captação acima é do ano de 1983, com o USS New Jersey passando ao largo de Fort Drum.

A empresa OKB GRIGOROV tem um kit do Fort Drum em 1/700 em resina.

Aqui imagens de um kit deste como montado pelo modelista indicado:







Abs: Marcus Silva

Maunsell Forts ( 6 torres hoje, localizadas no Rio Tamisa, Londres ) é o conjunto de construções mais bizarras que já ví na vida. Originalmente eram 7 torres, e em 1963 um navio se desviou de sua rota do canal marítimo e colidiu com uma delas, que acabou ruindo.
Foram construídas em 1943 para defesa do país durante a segunda guerra mundial e eram operadas pela Royal Navy.

E acho que vale citar tbm os navios de concreto navegantes.
Durante a Primeira Guerra Mundial, quando o aço começou a escassear nos EUA, o Presidente Woodrow Wilson aprovou a construção de 24 navios de concreto. Desse total planejado, apenas 12 foram realmente construídos, porém na época em que os navios foram completados a guerra havia terminado.


S.S. Atlantus, S.S. Cape Fear, S.S. Cuyamaca, S.S Dismore, S.S.Latham, S.S. Moffitt, S.S. Palo Alto, S.S. Peralta, S.S. Polias, S.S. San Pasqual, S.S. Sapona e S.S Selma.

Aqui imagem do S.S Atlantus , logo após encalhar em Sunset Beach em Cape May, New Jersey, EUA, em Junho de 1926.

E assim como o aço se tornou escasso na Primeira Guerra Mundial, novamente tal fato se repetiu durante a Segunda Guerra, com aço tbm sendo consumido em suas fontes por várias necessidades.

Em 1942 a Comissão Marítima dos EUA contratou o grupo McCloskey and Company of Philadelphia, Pennsylvania para construir uma nova frota de 24 navios de concreto. 3 décadas de melhorias e inovações na tecnologia de construção em concreto fizeram dessa nova frota navios mais leves e mais fortes do que seus predecessores da Primeira Guerra.


Vejam a lista destes navios:

S.S. P. M. Anderson
S.S. John Aspdin
S.S. Henri Le Chateliere
S.S. Armand Considere
S.S. William Foster Cowham
S.S. Edwin Clarence Eckel
S.S. John Grant
S.S. Francois Hennebique
S.S. Richard Lewis Humphrey
S.S. Albert Kahn
S.S. Robert Whitman Lesley
S.S. Richard Kidder Meade
S.S. Thaddeus Merriman
S.S. C. W. Pasley
S.S. Willard A. Pollard
S.S. David O. Saylor
S.S. Willis A. Slater
S.S. John Smeaton
S.S. Arthur Newell Talbot
S.S. Edwin Thatcher
S.S. L. J. Vicat
S.S. Emile N. Vidal
S.S. Vitruvius
S.S. Leonard Chase Wason

Aqui foto do S.S. Thaddeus Merriman